terça-feira, junho 06, 2006

bittorrent salvou a minha vida.

quinta-feira, abril 06, 2006

Depois de anos de espera, estou programando a minha primeira viagem a Europa.
Pelo google earth, eu já sinto que vou ficar desidratado de tanto andar e chorar.
As vezes, fico pensando se realmente devo ir.
Não deve ser uma boa para o meu aprendizado espiritual. Afinal, se estamos num pais como esse, uma das razões seria o aprendizado.
O desprendimento das coisas materiais, isto é, viver apenas com migalhas e DAR VALOR a isso, é um deles! (roubei a idéia de uma conversa alegre com o gabriel)

Um viva ao índios!

Será que, depois de ter experimentado um pouco do tudo o que um ser humano pode ser, vou conseguir voltar a ter essa versão resumida de vida?
Tenho minhas dúvidas.
Enfim, vou tentar levar as coisas como um filme do Fellini, longo, poético, bem fotografado e fora da realidade.

Das duas uma, espero que algum tratamento de canal impeça a minha ida ou, caso eu consiga ir, ME FODA DE VERDADE, tipo, perder o rim, sei lá. Só pra ficar traumatizado e nunca mais querer voltar.

Enquanto isso, eu continuo desligando radios, mudando de canal, não pegando um jornal ou revista pra ler... trancado no meu quarto. Esperando e economizando.
+ou- 150 reais por dia de viagem.

É rapaz... essa privada aqui é o mundo das privações.

TUDO PRA GENTE É CARO PRA CARALHO!

Não é a toa. É pra ninguém ter mesmo.

Se eu ainda gostasse de sambinha... talvez conseguisse ser um medíocre “contente”.

domingo, abril 02, 2006

Filosofia alimentícia

Com certeza já teria me formado se seguisse na faculdade a mesma filosofia do meu almoço: comer o espinafre antes e deixar a batata-frita para o final.

sexta-feira, março 24, 2006

Da arte de comer puta sem pagar

Há entre os homens toda uma cultura herdada do tempo em que saímos para caçar com os amigos e nossas mulheres não reclamavam. Um mundo secreto, que elas não acessam, não entendem e muito menos têm interesse. Uma série de hábitos, rituais, tradições, que evoluíram ao longo do tempo e se arraigaram de tal forma que não precisamos conhecer para os colocar em prática. É natural, genético.
O exemplo que melhor ilustra essa riqueza escondida é provavelmente o hábito de tentar comer putas sem pagar. Convencer uma prostituta a deixar de ganhar seu ganha-pão é uma arte milenar. Há toda uma literatura, uma poesia no processo de tentar transar com uma puta de graça. Se a ela cede apenas por prazer, pela atração sexual, nem ela é puta, nem ele é artista. A meretriz deve ir pela ilusão, pela promessa de uma vida diferente, de um pai que não teve, de um homem que não foge quando a engravida, de um apartamentinho na barra.

- O que uma menina tão linda como você faz aqui nesse lugar?
- Que que você acha?
- Vem cá.
- Me paga uma cerveja?
- Pode pegar lá.
- E aí, gato, vai ou não vai?
- Peraí, vamos conversar. Não acredito que encontrei uma mulher tão linda aqui. Qual o seu nome?
- Samanta.
- Não. Diz seu nome de verdade.
- É Samanta, ué.
- Tá. Prazer, Roberto.
- Você trabalha aqui há muito tempo?
- É minha primeira semana.
Clientes passam falando:
- Depois sou eu, hein, Samanta!
- Minha morena maravilhosa, você tava sumida.
Depois de uma hora de conversa:
- Mas você não é casado?
- Sou, mas eu tô me separando.
- Ihhh, é sempre o mesmo papo...
- Sério, não agüento mais. Só falta botar no papel. Eu quero começar outra vida, sabe? Eu tenho esse apartamentinho na barra. É pequeno, mas dá para ficar. Tô acertando ele. Mais um mês, dois ele fica pronto. Quero me mudar pra lá e te levar comigo. Te tirar dessa vida. Uma mulher assim não pode ficar nesse lugar. Eu me apaixonei de cara, Samanta. Isso deve ser um sinal, sei lá.
- Sabe, Roberto, pode me chamar de Marlene. É meu nome de verdade. Samanta é meu nome artístico, sabe?
- Marlene...ainda mais bonito!
Outra hora depois:
- Você vai embora agora?
- Vou.
- Vem comigo. Tô muito sozinho hoje.
- Já te falei que não dá. O gerente fica de olho.
- Faz o seguinte: me encontra ali embaixo, em frente ao bar.
- Ai...tá bom. Vou tomar banho e pegar as minhas coisas. A gente vai para a Barra? Para o seu apartamento?
- Não. Te falei que eu tô fazendo uma obra. E eu tenho que acordar cedo amanhã. Vamos prum lugar aqui perto mesmo. Só pra gente ficar um tempo junto. Quero ficar com você, Marlene. Quando estiver tudo pronto eu te mostro. Tô indo então.
- Me encontra lá?
- Tá.

***
Se me perguntassem como saber o preço de uma puta sem falar com ela, diria que é pelo nariz. Abaixo de um certo nível, digamos, uns 300 reais, todas as prostitutas têm o mesmo cheiro. E, quanto mais baixo for o michê, mais forte ele fica. A prostituição é uma profissão de constrastes. Ao mesmo tempo que deve ser discreta, é espalhafatosa e chamativa. Se trabalhasse na área de recursos humanos de uma casa de massagens, meu primeiro conselho a força de trabalho seria: - Minha filha, pare de usar esse creme impregnante e vagabundo, feito sei lá de quê. O segundo seria: - Deixe de se parecer com uma puta. Essa talvez seja a forma mais rápida de subir nesta carreira. Quanto menos a prostituta se porta e se veste como tal, maior será o seu salário. É claro que há exceções, como há em tudo, mas a regra é em geral essa.

terça-feira, março 14, 2006

Perna dormente, testa suada, vista semi cerrada, oscilando entre variadas gamas da frequencia alfa.

O "2 disketes por apenas 1 real, 3 amendoins por apenas 1 real, 12 chicletes por apenas 1 real..." me tirou da agitada discussão interna sobre a relevância das cores e sorrisos que ficavam pra trás a 60km/h.
Ainda não tinha reparado que todas as fotografia, símbolos, ícones, frases engraçadinhas, slogan, olhares(...) que moram nas vias públicas, estão ali querendo dinheiro. Um jovem senta ao meu lado durante o anuncio do ambulante.

Como será que eu posso expressar o meu desprezo por ambos? Passou pela minha cabeça, enquanto observava, apático, o desfilar de um corpo feminino pela roleta.

O ambulante travou contato visual com a mão do jovem, que não parava de procurar algo dentro de sua bolsa transpassada. Bem na minha frente, jazia agora, um pêndulo de doces vulgares. Observei a disposição do suor no rosto do camelô, enquanto o mesmo bradava, mais uma vez, o seu discurso previamente decorado sobre a sua dura vida atual.

“Putz... que merda...”. Exclamei, quase em silêncio.

(Esse foi o meu momento de condescendência do dia. )

“ Putz... que merda...” ele exclamou, quase em silêncio.

Pelo afastamento da voz esganiçada, percebi que a negociação com o jovem ao meu lado não havia dado certo. Por um momento fiquei satisfeito mas, por força do habito, acabei abrindo mão das minhas idiossincrasias para procurar motivos da não realização da comercial informal.

A Repentina movimentação de mão dentro daquilo que, não sei se pode ser chamado de bolsa, atraiu, imediatamente, os instintos pró-ativos do mascate.
Alheio a tudo e todos, o jovem, finalmente, achou o que estava procurando. Neste mesmo momento, o então, aturdido vendedor, se deixou exclamar um absurdo compatível com o que vira nas mãos do suposto comprador. o inusitado.

Thales, agora bem desperto e irritado, ainda não havia entendido o que se passava, pois, na minha fingida discrição blaze, isto é, de soslaio, só conseguia alcançar o elefante branco transpassado.
No momento em que decidi mudar a posição do corpo, isto é, vestir a camisa para me tornar uma espectador mais participativo, testemunhei um braço fazendo movimentos convulsivos da cruz cristã e um terço entre os dedos.

Ele também estava usando um par de meia Speedo.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Outro programa que gostaria de ver

- Boa noite auditório e bem-vindos ao programa Porta da Esperança! Hoje vamos receber o Ronal...err...o Rolammm...Bartês! Pode entrar Rolam!

- Bem vindo ao programa Rolam. Rolam, bem vindo ao programa. Rolam é um nome muito bonito. É um nome internacional.

- É francês?

- É sim, Sílvio.

- E como se fala

- Se escreve Roland Barthes, mas se fala Rôlam Bar.

- Má Rolam Bar você veio aqui pedir uma coisa.

- É.

- E você acha que vai ganhar?

- Espero que sim...

- Má antes de abrir as Portas da Esperança, vamos conhecer a história do Rolam. É com você Lombardi!

- “Roland Barthes é um técnico em mecânica de São Bernardo do Campo. Desde pequeno, sonhava em ser um semiólogo de fama internacional! Sua mãe, Dona Henriette, foi encadernadora de livros durante toda a vida, mas ficou doente e há cinco anos não pode mais trabalhar. Desde então, Roland sustenta Dona Henriette e suas cinco irmãs com o dinheiro que ganha na fábrica de automóveis e não tem mais como pagar seus estudos. Agora, com a Porta da Esperança, Roland Barthes pode realizar seu sonho de infância!”

- Má Roland, o que você veio pedir?

- Primeiramente Sílvio, eu queria agradecer a oportunidade de estar aqui hoje em seu programa. Boa noite a você e a
todos que estão na platéia.

- Eeeeeeeeehhhh!

- Boa noite Rolam.

- Eu queria que pagassem meus estudos e me dessem um dinheiro para sustentar minha família, Sílvio.

- Má Rolam, esse é um pedido muito difícil. Não sei se vai ser atendido. É muito complicado. Mas de qualquer forma...vamos abrir as Portas da Esperança!

- Tá!Tá!

- Eeeeeeeeeeeeeeeeeehhhh!

- Boa noite, Sílvio.

- Quem é você?

- Eu sou Carlos Alberto Sales da Fundação de Ensino Octávio Bastos. Nós vamos custear os estudos do Roland além de oferecer uma bolsa de R$ 1.500, 00 para que ele possa parar de trabalhar e continuar a cuidar da Dona Henriette.

- Palmas para o senhor Carlos Alberto e a Fundação Octávio Bastos, auditório!

- EeeeeeeeeeeeeeeeehhhhhClap!Clap!Clap!

- E não é só isso. Se tudo der certo – como eu sei que vai – vamos custear viagem, estadia e custo de inscrição de um mestrado em Lingüística na famosa Universidade de Sorbonne, em Paris!

- E o Rolam já tem nome francês. Não vai estranhar, não é Rolam? Má como vocês são generosos. Vamos conhecer a Fundação de Ensino Octávio Bastos. É com você Lombardi!

- (vídeo institucional com fundo musical) ”A Fundação de Ensino Octávio Bastos tem uma grande tradição no ensino universitário do estado de São Paulo. Fundada 1965 por Octávio da Silva Bastos, na cidade de São João da Boa Vista, oferece os cursos de graduação em Medicina Veterinária, Direito, Administração, Letras, Pedagogia, Ciências Contábeis, Matemática, Ciências Sociais, Ciências Biológicas, Enfermagem, Letras com Ênfase em Secretariado, Sistemas de Informação e Fisioterapia. Ao longo de 40 anos, formou milhares de estudantes, dando uma grande contribuição para o desenvolvimento do país. No campus da UNIFEOB, os alunos contam com infra-estrutura de informática, biblioteca, quadras de esportes e alimentação. É a Fundação de Ensino Octávio Bastos formando um futuro melhor!”.

- Obrigado Lombardi. É, Roland, eu realmente não esperava que seu pedido fosse atendido. É mesmo uma surpresa porque o pedido foi muito difícil. Agora pode agradecer o sr. Carlos Alberto e a Fundação Octávio Bastos. Roland?

- (chorando) Sílvio, eu estou muito emocionado...snifff.. .Muita gente disse que eu não ia conseguir...snifff...mas eu nunca desisti do meu sonho...snifff...Muito obrigado Sílvio. Muito obrigado Carlos. Muito obrigado Fundação Otávio Bastos.

- Agora auditório, vamos ver o que o Rolam ganhou. Lombardi!?

- “A Fundação de Ensino Octávio Bastos vai pagar os estudos de Roland Barthes e dar R$ 1.500 por mês para que ele possa parar de trabalhar sem deixar de cuidar da mãe e de suas cinco irmãs. Além disso, a UNIFEOB vai pagar todas as despesas de um mestrado na Universidade de Sorbonne, na França, quando ele terminar o curso, Sílvio!”.

- Obrigado Lombardi. Muito obrigado ao Carlos Alberto e à UNIFEOB por realizar o sonho de Rolam Bar na Porta da Esperança!!!

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

42

It was later pointed out by readers that 6 × 9 = 42 if the calculations are performed in base 13, not base 10. Douglas Adams has averred that he was not aware of this at the time, and repeatedly dismissed this as an irrelevant concoction, saying:

"nobody writes jokes in base 13, I may be a pretty sad person, but I don't make jokes in base 13."

...

e vc? qual vc acha que é o sentido da vida?

ligue. participe. a sua ligação é muito importante.